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sábado, 22 de outubro de 2011

Hoje Não Serei Poético

Atendendo a pedidos comentarei hoje sobre outras questões técnicas do documentário 'Por Que Você Veio Morar Aqui?':


1. Primeiramente eu fiz uma opção para ganhar tempo, que resultou em demora (embora eu tenha gostado do resultado final). Foi o seguinte: A cada novo take realizado, eu o incorporava à sequência do filme e assim ia editando o meu projeto. Logo, com as dezenas de novos takes e cenas de entrevista eu fazia a mesma coisa. Os meus amigos de cinema devem estar rindo. Este processo quase insano deixou a criação mais 'orgânica' porém hiper trabalhosa porque quando eu decidia inserir ou retirar uma cena eu acabava mexendo quase no filme todo para adequar ritmo, cores, temas e linha de pensamento (já que não usei o manjado recurso da narração, tão comum em documentários). Todo esse processo aconteceu em parte pela ansiedade de ver o filme ganhar corpo, e também pelo fato de eu trabalhar sozinho a maior parte do tempo.
2. A segunda batalha, também consequência da primeira, foi o programa de edição. O programa que usei no início, que seria para o esboço do filme, foi o Studio Plus da (Pinnacle). Só que depois de muito tempo trabalhando neste esboço, como comentado no primeiro item, decidi trocar para um programa mais completo e com recursos de imagem de cinema, o Sony Vegas Pro. Acontece que esses dois programas não se comunicam. Aí acabei fazendo duas montagens idênticas, cada uma em um programa: trabalho em dobro! Mas como o Vegas deu problema em várias cenas, como já disse na postagem Parece Mas Não É. Fiquei no dilema: Deixo o filme com cores e textura cinematográficas e com alguns defeitos na imagem ou deixo a imagem um pouco mais simples e sem nenhum defeito? Optei pela segunda ideia e retornei ao Studio. Por fim, encorporei algumas pequenas cenas editadas no Vegas, que renderizei em AVI e joguei dentro do projeto do Studio, para renderizar tudo em AVI, e em MpegII para gravar em DVD. Ao todo, foram mais de 100 DVDs gravados para as mais de 100 versões deste mesmo filme. Meus amigos de cinema devem estar rindo mais ainda...
3. Por conta disso tudo, durante o processo de montagem e edição, dois computadores (AMD) queimaram, comprei um terceiro PC bem mais robusto (Intel). O laptop (AMD) também queimou. Se bem que Um Raio Caiu Lá Em Casa!
Já a filmadora Panasonic 3 CCD / mini DV, aguentou firme durante todas as filmagens e despejo das imagens nos computadores.

Meu aprendizado:
1. Antes de iniciar o processo de edição, testar programas e escolher um só, o que melhor atenda às necessidades do filme, para ir do início ao fim do trabalho, exceto para efeitos específicos, que depois retornarão ao projeto principal. Só recentemente descobri que pode-se instalar o Final Cut em PC...
2. Nada de 'edição orgânica'. Filmar tudo o que estiver no roteiro ou na vontade ou o que aparecer pela frente. Ver todo o material depois e começar a edição numa tacada só, mesmo que isso demore 1 ano ou mais, porque mesmo assim o trabalho será MUITO mais suave.
3. Não é lenda: Evitar processadores AMD. Eles esquentam mesmo e não aguentam renderizar por 8, 10 horas seguidas, várias vezes por semana, e aí queimam.
4. Isolar o PC principal. Nada de internet, pendrives e outras fontes de vírus.
5. Aproveitar o laptop só para testes, cópias de DVD, internet.
6. Fazer pré-exibições em tela grande para amigos e inimigos. Não testar o filme em Festivais.
7. Equipamento é essencial, e o investimento principal é a câmera.
8. Por último, e não menos importante, não filmar mais sem patrocinador.
Agora podem rir mesmo...

Ufa, até a próxima.

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