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sábado, 11 de novembro de 2006

TIRADENTES (Copa do Mundo de 2006)


Acordo às 5 da manhã. Ou seja: nem dormi. (Quem se deita todos os dias depois das 3 da manhã sabe do que estou falando).

Pego o ônibus na maltratada e descascada rodoviária de Caxambu. Poucas horas depois desembarco em São João Del Rei. O frio é tão grande que penso em voltar para o conforto e calor da minha cama. Mas como estou em plena temporada de filmagem sigo em frente. Almoço em São João servido por uma garçonete oferecida.

Pego outro ônibus e logo chegou ao meu destino: Tiradentes.

A cidade é simplesmente incrível. Preservada, bem cuidada, com um verdadeiro turismo nacional e internacional (aliás, turismo é isso, em qualquer parte do mundo, menos em Caxambu). Lá sou recebido por duas irmãs, Janaina e Nariel (ou Anariel, até hoje não descobri), que rapidamente me ‘colocam’ em uma pousada, onde descarrego meus equipamentos. Então vamos almoçar com o pai delas, o Edalmo, que será o meu primeiro entrevistado naquela cidade. Durante o almoço e a conversa, já sinto que a participação dele será ótima: ele tem um raciocínio rápido e lógico, com um forte conteúdo espiritual. Vejam que não estou falando de uma conversa superficial e esotérica. O Edalmo é uma rara pessoa com profunda visão humanista, com percepção da bondade e das forças invisíveis que movem o universo. Acaba o almoço e marcamos os detalhes para a filmagem no dia seguinte. Com o resto do dia livre ando pelos inúmeros recantos maravilhosos de Tiradentes: comércio, igrejas, restaurantes, lugares bonitos (isso é o que não falta), etc. Volto à noite para a pousada, banho, etc.

Checo o equipamento. Recarrego as baterias do celular e da filmadora. O frio é insuportável. Tento dormir. Isso mesmo, tento. Mas não consigo, ou seja: é a 2ª noite que não durmo. De manhã a dona da pousada, Clarice (guardem bem este nome), me pergunta toda feliz se eu dormi bem e eu muito sincero digo que não. Tomo o café da manhã, pego minhas coisas e vou para a filmagem. Chego na casa do Edalmo, monto o tripé, câmera, pedestal com microfone, ajusto enquadramento, foco, luz, etc. e pela primeira vez o entrevistado vê que a coisa é séria mesmo. Tudo ligado, eu faço a primeira pergunta: - Por que você veio morar aqui?

Outras perguntas se sucederam com respostas interessantes e pouco comuns.

Eu estava certo, esta seria uma ótima entrevista e um ponto alto no filme.

Vocês notaram que nesta situação eu estava sem a minha equipe, aliás, eu não tinha equipe. Agora minha equipe já está enorme: 4. Isso mesmo, 4 almas bondosas, sendo eu mesmo uma delas. Falarei sobre os integrantes brevemente. Mas em compensação a minha lista de agradecimentos já está gigantesca.

Terminada a filmagem Edalmo me dá uma carona até o Bichinho, que fica ao lado de Tiradentes, para as filmagens do dia seguinte.

Mas bem, o dia seguinte eu conto na próxima edição.

Por enquanto só posso adiantar uma coisa: naquele momento a minha maior preocupação era conseguir dormir depois de dois dias acordado.

Nos vemos no Bichinho, até lá.

5 comentários:

Anônimo dezembro 15, 2006 8:26 PM  

Beleza

Anônimo dezembro 15, 2006 8:28 PM  

Gostaria de participar. E esse Paulo Leão é um gato!
Ana Paula.

Anônimo fevereiro 02, 2007 3:12 PM  
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Econtro Cinema, Surf e Questão Ambiental junho 15, 2007 2:15 PM  

Estou adorando!
Engraçado essa anônimo que tem nome de Ana Paula, né?

Escritora Artesã setembro 30, 2009 12:08 PM  

Alguns anos depois...
O nome dela é, Anariel.
Realmente almas bondosas, o Edalmo e seus filhos.

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